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A Colonização dos Afetos
A fragilidade da Afinidade e nossas tendencias colonizadoras nas relações
Muitas vezes, entramos em uma relação — seja amorosa, de amizade ou profissional — acreditando que afinidade é tudo. E sim, ela é importante no começo, aquele ponto de conexão que aproxima, faz o papo fluir e gera interesse mútuo. Mas construir um vínculo duradouro baseado apenas no que temos em comum pode ser como construir uma casa sobre areia: instável e vulnerável.
O problema surge quando percebemos que o outro pensa, sente ou age de formas que não entendemos. É nesse momento que, muitas vezes, aparece o desejo de mudá-lo.
A colonização nos afetos: querer moldar o outro
Existe uma tendência colonizadora em nossos relacionamentos. Queremos que o outro se encaixe no que achamos certo, que funcione conforme nossas expectativas. E quando isso não acontece, as reações mais comuns são tentar controlá-lo ou abandonar a relação.
Mas será que essas são as únicas opções?
Quando nos limitamos a essa lógica, deixamos de enxergar o outro como ele realmente é, tratando-o como uma extensão de nós mesmas. Isso não é amor — é narcisismo.
O amor verdadeiro (não aquele idealizado) vai além da afinidade. Ele exige que aceitemos as diferenças, não para apagá-las, mas para acolhê-las.
A autenticidade nas conexões
Essa postura de tentar moldar o outro cria barreiras que sufocam a autenticidade e impedem que as relações alcancem profundidade. É claro que conviver com diferenças não é fácil. Isso exige esforço, paciência e maturidade. Porém, essas conexões têm o poder de nos ensinar lições valiosas sobre tolerância e empatia.
⚠️ Importante: Não estamos falando de aceitar desrespeito ou violência. Relações saudáveis exigem respeito mútuo e segurança emocional. Se um vínculo está ferindo você, a prioridade deve ser cuidar de si e buscar apoio. Aceitar as diferenças nunca significa tolerar o inaceitável. ⚠️
Afinidade ou profundidade?
Afetos baseados apenas na afinidade ficam presos ao que é confortável, mas não resistem aos desafios. A vida é dinâmica, as pessoas mudam, e aquilo que nos une pode desaparecer. Mesmo assim, os vínculos podem prosperar, desde que haja diálogo, abertura e disposição para crescer juntas.
E você? Já refletiu se o problema nas suas relações está nas diferenças ou na dificuldade de lidar com elas?
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